Por Rosângela Branco
PASCOM
Os escravos no Rio de Janeiro sofriam, atingidos por todo tipo de violência e injustiças. Mas, apesar das dificuldades, alguns deles, libertos ou não, lutaram e conquistaram pequenos espaços, onde exerciam sua devoção religiosa e se encontravam, para, através do contato social, aliviar ou esquecer por alguns momentos a difícil existência.
Assim, no começo do século XVIII, com extremo sacrifício, foi erguida uma capela em uma área remota, fora do centro, chamada de Várzea da Cidade.
Os anos passaram, e a zona urbana começava se dilatar e estender em direção ao Mangue, envolvendo a pequena capela com novas construções e inserindo-a em uma rede de ruas até então inexistente. Doravante, não estaria mais só. Foi construída em seu lugar, em 1791, a Igreja de São Domingos, a qual permaneceria com o mesmo aspecto até seu fim. Era pequena e tinha três altares, dedicados a São Domingos, N. Sª da Conceição e N.Sª das Dores, além de uma imagem de N.Sª de Santana na Sacristia.
Em 1854, a iniciou-se a construção de uma nova igreja, mas, por falta de recursos, a obra foi interrompida logo no início. A igreja e seu largo ficavam onde é atualmente a av. Presidente Vargas, em frente à av. Passos. O largo fazia esquina com a rua General Câmara, que corresponde ao lado ímpar da avenida, ficando o templo recuado, ao fundo.
Fonte: Celebrando a História da Paróquia São Domingos de Gusmão, por Fatima Savelli
Foto: Imagem de Malta 1911